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Genética - Posso fugir a ela?

Atualizado: 7 de jun. de 2021

Explicado da forma mais simples possível, a genética ou genótipo refere-se ao genoma ou DNA de uma pessoa, que, como sabemos, nem todo ele se manifesta na pessoa, o fenótipo, é o nome que se dá aos genes que se manifestam.



O fenótipo são as características OBSERVÁVEIS como: morfologia (tamanho, estrutura óssea, cor de olhos, etc), desenvolvimento (metabolismo, etc), propriedades bioquímicas (hormonas, etc.) ou fisiológicas (química) e até, em certa medida, o comportamento.


Hoje a ciência faz uma grande diferenciação clara entre a hereditariedade e o verdadeiro resultado que ela produz. Sendo que o ambiente, gera diferenças no fenótipo, desde a gestação, até aos hábitos do indivíduo, a manifestação dos genes, dependem de vários factores externos ao DNA.


Genótipo + Ambiente Fenótipo


Vale lembrar que a hereditariedade não está restrita ao DNAnuclear, já que a mitocôndria também apresenta o seu próprio DNA.



Epigenética


Por meio da análise de genes e seus produtos, responsáveis pela expressão dos fenótipos, que ditam as características observáveis no indivíduo, fisiológicas, morfológicas e físicas, é possível compreender como fatores ambientais, comportamentais e sociais podem promover alterações nos genes que herdamos das gerações passadas, que são passados adiante, de geração e geração.


À grosso modo, a epigenética estuda toda carga genética que recebemos dos nossos predecessores a fim de identificar tendências e propensões a certos tipos de características.


Epigenética e Doenças


De acordo com um artigo publicado na Environmental Health Perspectives, uma grande variedade de doenças, comportamentos e outros indicadores de saúde têm relação com mecanismos epigenéticos, incluindo cancros de quase todos os tipos, disfunção cognitiva e doenças respiratórias, cardiovasculares, reprodutivas, autoimunes e neuro-comportamentais.



O agentes envolvidos no processo epigenético podem ser metais pesados, pesticidas, escapamento de diesel, stress, fumo do tabaco, hidrocarbonatos aromáticos policíclicos, hormonas (que se dão aos animais que comemos), radioatividade, vírus, bactérias e nutrientes.


Alterar a expressão genética não necessariamente é nocivo para o organismo. Curiosamente, um estudo publicado na revista bioRxiv concluiu que café e chá podem ter efeito epigenético positivo no organismo.


Isso significa que eles alteram a expressão dos genes sem alterar o código genético do DNA e podem proporcionar efeitos positivos ao funcionamento do organismo.


Sim, podemos fugir aos nossos genes!


Concluímos que determinadas escolhas de vida, podem modificar a expressão dos nossos genes, havendo possibilidade de alterar para melhor ou para pior, qualquer propensão genética que possamos possuir.


E as escolhas que fazemos ou que foram feitas pelos nossos antepassados, passam de geração em geração, sendo que, mesmo com os mesmos genes, podemos ter totalmente diferentes observações, segundo o estilo de vida que cada indivíduo possui e isso vai repercutir-se pelas gerações futuras.


Mas cada indivíduo pode sim, fazer alterações aos seu fenótipo, até mesmo na prevenção de doenças, e pode começar em qualquer altura da vida.



Isto é uma descoberta inédita, pois trás um novo paradigma, em que a pessoa se torna, ainda mais responsável pelo seu estado de saúde, pelo seu corpo, e até mesmo pela sua mente, sendo que, doenças como Alzheimer e Parkinson começam a ser consideradas doenças modernas que surgem exactamente pelo moderno estilo de vida, com consumo exagerado de tóxicos, desde os pesticidas usados no cultivo, até à própria exposição às radiações electro-magnéticas.


A modernidade, tem benefícios, mas deixar completamente a natureza orgânica de lado, está a ser contra-producente e a humanidade, beneficiaria de um maior equilíbrio e harmonia entre o avanço tecnológico e um estilo de vida mais natural e saudável.


Sem perder o foco no avanço social, seria possível, e é totalmente urgente, pensar em incluir o bem-estar do indivíduo, físico, mental, emocional e até espiritual, e enquanto o mundo não andar nesse sentido, cada um tem de tomar essa decisão por si próprio, e a partir de agora sabemos que não estamos limitados, nem mesmo pelos nossos genes, podemos mudar para melhor, até mesmo quando os nossos genes ou ancestralidade diz o contrário.



Procura evitar algo que considera ser hereditário? Já possui problemas que já vêem de familia?


Pode contactar-me para o apoiar e ensinar, a ter um estilo de vida saudável. Nunca é tarde.

Lia Personal Trainer




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