top of page
Foto do escritorLia Personal Trainer

Como ser menos controlador(a) | Entregue o controle e seja feliz!



O controlo é uma reacção normal utilizado pelo nosso protector pessoal, o ego, e que acciona quando temos medo ou de ser feridos ou de que tirem proveito de nós.


Controlar em si, não é um problema caso seja feito de forma pragmática, leve e dentro de limites.


Autoconfiança


Melhorar a nossa autoconfiança, vai ajudar-nos muito a deixar de sentir a necessidade de controlar, e esta melhoria não significa uma mudança na nossa personalidade, mas sim, um maior amor-próprio.


Liberdade

As suas regras são auto-impostas, e causam-lhe pressão certamente a si, mas quando tenta que os outros sigam as suas regras, inventadas por si, isso pode gerar muitos conflitos, pois não se deve interferir com a liberdade do outro.


Perfeccionismo

Tudo o que lhe parece imperfeito ou menos bem, pode estar óptimo para o outro. Perceber que a perfeição é subjectiva e depende de pessoa para pessoa é essencial.


Stress

Uma pessoa controladora, com muitas responsabilidades, ou mesmo com poucas, mas convivendo com outras pessoas controladoras, causa muito stress.

Que é a sensação de que existe uma tempestade enorme à nossa volta, mas se olharmos bem para o nosso entorno, vivemos numa pequena bolha, semelhante a um copo de água, e em perspectiva, não se passam assim tantas coisas stressantes, a maioria está apenas dentro da cabeça e da imaginação das pessoas controladoras.


Ansiedade

Querer tudo pronto para ontem, feito já, resolvido no imediato, sem percalços nenhuns, limpinho, arrumadinho e organizado a toda a hora, é uma fórmula impossível, e isso só vai causar ansiedade.

Objectivos irrealistas de futuros impossíveis ou improváveis, assim como medos de coisas totalmente imprevisíveis, não servem para absolutamente nada.

A única coisa que existe é o presente que é uma dádiva e deve ser valorizado, vivido e apreciado.


Improvisar

Uma das ferramentas essenciais, que todas as pessoas devem ter, é saber improvisar. Perceber que é sempre possível encontrar a resposta para qualquer problema, ou solução para qualquer situação inesperada, em qualquer momento, a qualquer altura, não é de todo, necesário avaliar, planear e prever tudo, para que as coisas corram bem!

Temos perfeitamente capacidade de fazer todo o planeamento e avaliação prévia, da mesma forma que, temos capacidade de analisar as situações no momento em que elas acontecem e encontrar soluções, ou alguém encontrar a solução por nós, pois não somos responsáveis por tudo e todos, sempre.


Fé e optimismo

Sem uma pitada de fé, isto é, a ideia de que as coisas vão correr bem, mesmo que não haja motivos nenhuns que confirmem essa teoria, será muito difícil ser plenamente feliz, pois essa é a única fórmula de resolver a questão do medo.

Para eliminar os receios, é preciso ter fé na vida, confiança no universo, deixar a vida fluir e acreditar que mesmo que as coisas não corram como esperávamos, elas podem ser, ainda melhores do que o esperado, se deixarmos abertura para o imprevisível como sendo algo que acrescente e até podendo trazer boas surpresas e momentos únicos.


Empatia

Uma pessoa com tendência a controlo, considera-se muito atenciosa, mas a verdade é que, ela não se está a colocar no lugar do outro ao tentar controlar tudo e todos, isso é sinónimo de falta de empatia, isto é a capacidade de entender como o outro se está a sentir no momento em que é sujeito às vontades, cuidados ou opiniões da pessoa controladora.


Ego

O nosso ego pode funcionar como melhor amigo ou um "demóniozinho" que enferniza a nossa vida e a dos demais.

Uma das principais características deste cantinho do nosso cérebro é que ele tem uma necessidade exagerada de estar sempre certo. Outra é que os outros querem tirar proveito de nós ou nos ferir. E por fim, que a maneira dele de pensar é a mais certa de todas.

O segredo vem do equilíbrio, da forma como comunicamos o que pensamos e da nossa capacidade de ser humildes, colocando-nos no mesmo nível de qualquer outra pessoa.


Vulnerabilidade

Uma pessoa controladora tem alta dificuldade em se vulnerabilizar perante os outros, por todos os motivos já descritos, falta de autoconfiança, necessidade de se proteger, medo de sofrer, ego demasiado activado, stress, tudo contribui para no final, manter uma atitude fechada, quando não até agressiva, porque considera que tem de ser assim, ou vai ser atacada ou ferida.

Quem acaba por sofrer mais são as pessoas no seu entorno que não têm nenhuma intenção de as ferir e que as amam mais. Isto provoca mágoas profundas e distanciamento que o(a) controlador(a) não entende como sofrimento, considerando que afinal tinha razão, e acaba por não ver que é a causa, e não a prova.


Passado

Uma pessoa controladora que não conseguiu modificar algo no seu passado, guarda ressentimentos profundos que passam quase a fazer parte da sua identidade ou personalidade, e se mencionado o problema, tende a justificar-se como se estivesse a ser julgado(a), culpado(a) de tudo, ou simplesmente não quer lidar ou falar do assunto, fazendo de conta que nem aconteceu.

A atitude correcta que se deve ter com o passado é assumi-lo, perceber que há coisas que aconteceram de facto por ignorância ou simplesmente porque é o que é, não se controla tudo, nem sabe tudo, nem pode evitar tudo de mau, coisas más simplesmente acontecem.


O passado deve ser assumido como um acontecimento real, não deve ser motivo de vergonha, porque tudo são aprendizagens no caminho. Nem deve ser omitido como não existente, pois desvaloriza os sentimentos das pessoas envolvidas, e pode até perder-se lições valiosas.

Passados mal resolvidos internamente, levam a pessoa a defender-se no presente e no futuro, daquela situação, como se ela estivesse sempre para acontecer novamente. Leva a pessoa a ter atitudes defensivas, sempre na tentativa de evitar os erros do passado. Isso significa que as lições não foram ainda aprendidas ou a situação ainda não foi aceite ou até perdoada, principalmente perdão a si mesmo(a).


Falhar

A pessoa controladora não pode de maneira nenhuma falhar, totalmente por imposição a si mesmo(a), mas isso geralmente advém de ter convivido na infância com outro controlador, que incutiu essa necessidade de não falhar, ou até mesmo trauma.

A pessoa acha que vai ser julgada se falhar, mas na verdade estas pessoas são muito mais vezes julgadas por não admitirem nunca os seus erros, ou falhas. A falta de se vulnerabilizar e ser humilde, passa a ser a sua maior falha.

É irónico, na tentativa de não falharem nunca, acabam falhando redondamente e nem se apercebem.


Humor

Pessoas controladoras têm um humor muito refinado. Por isso, se quer se menos controlador, procure viver a vida de forma menos séria, procure brincar mais, se vulnerabilize, esponha-se ao ridículo, seja humilde e coloque-se em situações poucos agradáveis de diversão e ânimo, desde que positivas e enaltecedoras ao mesmo tempo.




Companhia

Pessoas controladoras, perto de outras controladoras, acabam por formar teams de bullying sem se aperceberem. O facto de encontrar outra pessoa que concorda consigo, pois é igual, não significa que têm mais força para mudar os outros à vossa volta, mas que estão a entrar em um esquema de bullying e manipulação, e isso pode ser muito prejudicial, quer nos empregos, como em família.

Escolha para sua companhia, pessoas alegres, humildes, pouco organizadas, que vivam com menos regras e mais no improviso, não para se tornar igual, mas apenas para se equilibrar a si mesmo(a).


Aceitação

Para deixar de ser controlador, deve-se começar a aceitar as coisas como elas são, assim como as pessoas, a sociedade, o governo, o mundo inteiro. Isso não significa que é complacente com o que não concorda, apenas lhe dá um ponto de partida para o que quer e o que não quer para si, sem se bloquear a si mesmo(a) numa energia de revolta, sempre na defensiva e preparado para atacar a qualquer momento. Isto é demasiado cansativo e acaba por atacar quem não merece.

Aceite tudo, sabendo quem é e o que quer, vai saber fazer as melhores escolhas, sem consentir com nada que não concorda ou deseja, nem para si nem para os outros ou o mundo.

O consentimento não é um pensamento, mas uma acção. Pode aceitar as coisas como são, e agir em conformidade com o seu não consentimento. Experimente.


Não controlar

Não controlar pode ser tão gratificante como controlar. Eu sei, ainda bem que disse esta frase aqui mais no final, porque senão seria totalmente impensável. E no fundo, ainda parece impensável, pois só ler um artigo sobre este tema, não é o suficiente para mudar anos de uma personalidade quase vincada.

Um exemplo de sentir gratificação sem controlar é por exemplo quando alguém planeia um evento por si, e no final percebe que pode estar tranquilamente a disfrutar do momento, em vez do normal stress, cansaço absurdo e até quase esgotamento em que se colocava. Parece bem isso?


Confiar

Aprenda a confiar nos outros. Uma das atitudes mais importantes é reconhecer que todos podem ser competentes, inteligentes e trabalhadores, independente da sua percepção do que deveria ser ou não, perceber que cada pessoa tem as suas próprias expectativas, seu próprio estilo, e grau de exigência é importante. Respeite a pessoa menos controladora ou exigente, assim como quer ser respeitada. Procure um intermédio, faça concessões, seja diplomático(a), mostre a sua capacidade em ser harmonioso(a) e equilibrada(o), seja no trabalho, em família ou com amigos.

Confie nas pessoas, se correr mal, lide com a situação, viva a situação, não a evite, não fuja, e não ataque, defenda-se afastando-se e aprendendo a lição.


A dor faz parte da vida e é um bem essencial, o sofrimento é uma escolha.

Termindo com esta frase, pois penso ser um mantra essencial e uma das maiores lições para uma pessoa que tende a ser controladora.

Podemos reflectir e retirar várias conclusões só sobre esta frase.

Gostaria que fizesse essa reflexão por si, e procure as respostas para as suas questões pessoais, os seus medos, receios, traumas, problemas, no passado, presente e futuro que imagina.


Podes deixar um comentário, quem sabe pode ajudar a ti ou a alguém. E acrescentar a mim algo mais sobre este tema, pois há certamente muito mais a dizer sobre isto.


Espero que o teu caminho para a felicidade seja sempre cada vez mais leve e divertido quanto baste, por muito descontrolado ou controlado que possa ser ou estar!


Até breve. Grata. Bem hajam!

Lia




20 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comentarios


bottom of page